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Aula sobre Competência Cultural - Professora Patrícia (06/11)

     Nessa aula sobre Competência Cultural, a professora explicou a importância de melhorar a comunicação para se adequar aos variados subgrupos populacionais e explicou sobre a importância de não julgar o paciente. O ato de não julgar e atender o indivíduo da melhor forma possível - entendendo sua cultura para estabelecer uma comunicação de fácil entendimento para ambos - gera confiança na relação médico-paciente. Além disso, não é possível julgar uma pessoa com pensamentos diferentes do seu, visto que cada um possui sua própria concepção de mundo e se constitui como indivíduo em culturas diferentes. Por esse motivo, o paciente não deve ser julgado, mas deve-se buscar entender os motivos que o levaram a pensar de tal forma ou que o fizeram tomar determinada decisão.   

Aula sobre ética - Professora Aline/ Aula sobre políticas de Equidade - Professor Eduardo (30/11)

   Durante a aula, a professora Aline explicou sobre questões éticas no trabalho médico e falou sobre ser necessário manter certa distância dos pacientes durante os atendimentos médicos para evitar se afetar muito com as situações que os pacientes estão experienciando, pois ao ir embora do trabalho é importante "não levar para casa" as preocupações e histórias contadas pelos pacientes. Acredito que esse ensinamento seja fundamental durante o trabalho dos médicos, já que o momento de descanso deve ser respeitado para o bem estar psicológico e não deve ser utilizado para ficar refletindo sobre tudo o que aconteceu ao longo do dia.    Além disso, durante a aula foi reforçado que é necessário estudar e saber um pouco de psicologia para realizar os atendimentos. Isso fez muito sentido para mim, pois vejo a necessidade de aprender técnicas de conversação e conceitos da psicologia para conseguir extrair a maior quantidade possível de informações de uma conversa e ao mesmo tempo ente

Ultimamente tenho me me feito muitas vezes a pergunta: "Quem sou eu?"

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Um pequeno texto de Fernando Pessoa diz: “Estou começando a me convencer que não existo. Eu sou o espaço entre o que eu gostaria de ser e o que os outros fizeram de mim. Apenas deixe-me estar à vontade e sozinho no meu quarto”. Eu já li esse texto há alguns anos e tenho pensado nele desde então. Ele me faz pensar se somos o que realmente queremos ser ou se somos o que os outros querem que nós sejamos.  Isso me leva à reflexão sobre o que significa “ser”. Existiria uma essência do ser ou ele é constantemente recriado de acordo com a vontade do próprio indivíduo e dos outros ao seu redor, sendo, dessa maneira, impossível possuir uma essência? Sou uma mistura de presente e passado e me estruturo de acordo com as experiências vividas, identidades adquiridas e das interações com outras pessoas. Acho que o que me torna eu também está relacionado ao que eu gosto, mas o problema é que atualmente não sei do que gosto. Me espanta pensar que nem mesmo eu me conheço, pois achava que não gostava de

Aula sobre terapêutica média (08/11) - Professor Tarso

   Na aula do dia 08 de novembro, o Professor Tarso demonstrou a importância do paciente saber os motivos pelos quais os exames estão sendo solicitados pelo médico e quais partes do corpo serão examinadas, para que o indivíduo se sinta seguro, pois antes de ir à consulta médica, as pessoas já formaram uma ideia sobre quais são seus problemas e o que deve ser resolvido para recuperar sua saúde. Portanto, é fundamental que o paciente sinta que suas queixas estão sendo levadas em consideração para, assim, realmente aderir ao tratamento e realizar os exames.    Nesse sentido, deve-se encorajar o paciente para que ele faça perguntas e para que expresse sugestões sobre quais caminhos devem ser tomados para resolver suas queixas. Dessa forma, o paciente sentirá que está participando das decisões médicas e terá uma maior probabilidade de aderir ao tratamento.    Acredito ser essencial essa participação do paciente na consulta, pois em algumas consultas médicas em que eu fui a paciente, não me

Aula Tutoria (04/11) - Professora Patrícia

    Na aula de tutoria do dia 04 de novembro, a professora Patrícia discutiu o filme "Uma Lição de Vida", de 2001, que traz alguns aspectos do tratamento de câncer e de cuidados paliativos. Além de discutir o filme, a professora nos alertou que é preciso saber enfrentar a morte dos pacientes, já que é algo que fará parte da realidade dos médicos. Além disso, foi discutido que a invasão ao corpo de outra pessoa não pode ser banalizada, como ocorre em muitas cenas do filme.    As conversas realizadas na aula me fizeram refletir sobre a forma como a paciente é tratada pelos médicos ao longo do filme. Desde sua descoberta do câncer no ovário em estágio avançado, a professora Vivian foi submetida a tratamentos experimentais, seu corpo foi muitas vezes tratado como pertencente à pesquisa, e não a ela mesma. Os médicos a examinavam tocando seu corpo e discutiam sobre sua doença e tratamento na sua frente como se ela, a paciente, não estivesse ali.     Achei interessante o fato de a

Vivência em atenção primária à saúde (04/11)

    No dia 04 de novembro, realizei a visita domiciliar com a agente comunitária de saúde (ACS) Stefanie. Em uma das casas que realizamos a visita, tivemos que entrar para conversar com a paciente. Entramos na casa, convidados pela filha da paciente e, em seguida, nos deparamos com uma senhora acamada. Conversamos com ela e com sua filha.     A senhora estava respirando pela boca, disse que estava com dificuldade para respirar e relatou dor de garganta. Sua filha disse que ela estava respirando assim há mais ou menos 3 dias e que ela parecia ter sintomas de resfriado. A Stefanie afirmou que um interno de medicina iria visitar a senhora em um dia próximo para verificar se a mesma precisava de atendimento médico.     Essa visita me fez perceber que os atendimentos domiciliares proporcionam uma proximidade entre a UBSF, o Sistema de Saúde, a população que precisa desses serviços e os profissionais da saúde. Sem esse serviço, talvez a paciente não tivesse acesso a consultas médicas e aos

Vivência em atenção primária à saúde (07/10)

    No dia 07 de outubro, durante a vivência na UBSF Marluz presenciei os cuidados que a enfermeira direcionava a um paciente do sexo masculino, adulto, com tuberculose. A enfermeira me relatou que esse paciente se apresenta diariamente na UBSF para receber os medicamentos para seu tratamento. Eu achei curioso, pois não entendi muito bem o motivo de ele ir todos os dias.     Na aula de tutoria com a Professora Patrícia, no mesmo dia, a professora me explicou que esse paciente já desistiu do tratamento anteriormente e a busca ativa foi realizada para que ele voltasse a tomar os medicamentos necessários. Como foi necessário realizar a busca ativa, esse paciente precisa se apresentar diariamente na UBSF para pegar os medicamentos e precisa realizar a ingestão na frente da enfermeira. Todas as sextas-feiras ele recebe os medicamentos para serem utilizados durante o final de semana e retorna nas segundas-feiras.      Presenciar essa situação me mostrou como o SUS é fundamental para garantir